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MITOLOGIA NÓRDICA

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    sábado, dezembro 08, 2007


    Oi Rodrigo,

    O filme Erik o viking é uma mescla de metáforas, citações de outros filmes e da mitologia e história nórdica em geral.

    A cena inicial é uma citação do clássico Vikings, os conquistadores, com Kirk Douglas, do mesmo modo que a cena em que todos bebem e atiram machados. Essa situação de ataque em vilas, queimando e matando ou fazendo prisioneiros é típica dos ataques vikings. O chefe porta um capacete do estilo Gjermundbu. A cena do filme Vikings os conquistadores em que Kirk Douglas corta as tranças de uma moça acusada de adultério (não lembro se essa cena é repetida literalmente no Erik) não existem referências na cultura viking, é uma ficção. Do mesmo modo que aquele pingente metálico em forma de peixe usado para orientar na navegação.

    A vila nórdica do filme Erik é bem reproduzida. Alguns equipamentos dos guerreiros estão incorretos. O navio com a mandíbula é fantasioso, mas alguns navios de guerra escandinavos, ainda no período viking, chegaram a utilizar esporões no nível da água, para furar o casco das embarcações inimigas, tal como os gregos e romanos.

    O berserker realmente existiu, mas essa questão de estar alucinado ou em transe é algo complicado de determinar. Muitas vezes as sagas não estabelecem um critério: como Egill, que ficou alucinado fora do campo de batalha, no lar, quase matando o próprio filho.

    A descrição do abismo do mundo: na realidade, os intelectuais medievais em geral seguiam a tradição da terra esférica, herdada dos gregos – Erástotenes calculou com precisão a circunferência do planeta, medindo a sombra de dois poços, um situado em Alexandria – para quem lembra da famosa série Cosmos, do Carl Sagan, exibida durante os anos 1980. Os nórdicos, seguindo as fontes da cosmologia, acreditavam que o mar circundava toda a Terra habitada pelos humanos – uma noção circular. Então, o abismo marinho do filme é um estereótipo, para qualquer situação da Idade Média. Alguns recordam do abismo Ginnungagap para esta cena, mas ao meu ver é uma coisa diferente: ele somente é citado na criação do universo e a cena do filme confere com o imaginário moderno sobre a borda do mundo pelos medievais: uma enorme cachoeira, visto que o planeta seria quadrado.

    A serpente do mundo mais parece aqueles monstros dos mapas portugueses do século XV e XVI, os portulanos, do que a besta descrita nas fontes – ela teria que ser muito comprida e gigante, visto que circundava a terra.

    A cena de Thor e Odin crianças: não existem relatos destes deuses na idade infantil. É uma situação cômica interessante, mas nada além disso.

    Existe uma citação de budismo no filme – não lembro exatamente qual, mas ela procede. Foi encontrado na cidade de Helgó uma estatueta de Buda, num sepulcro de um guerreiro. Mas determinar se ele apenas gostou da estética do objeto ou era uma questão de fé, é muito difícil. Creio mais na primeira hipótese.

    A ilha de Hy-Brazil é tanto uma referência à ilha mítica, de origem celta, representada em mapas europeus dos séculos XIII ao XIX e que deu origem ao nome de nosso país (e não o pau Brasil) – o filme também faz uma paródia direta ao nosso carnaval e música... assim como uma referência à Atlântida de Platão (as vestimentas e arquitetura, principalmente), inclusive com uma catástrofe que deu fim ao local.

    Outras situações também são piadas – a Freyja é representada por uma negra...

    O Ragnarok é citado o tempo todo, mas não lembro mais do contexto específico no filme. Existem estudos que demonstram que a crença no Ragnarok se tornou mais importante no final da Era Viking, com a proximidade das crenças cristãs (especialmente o Apocalipse). A religiosidade viking anterior, teria se baseado muito mais nas crenças do Valholl/Odinismo e em concepções de fertilidade e agricultura (Vanes/Thor). Ou seja, antes de conhecer os textos bíblicos (especialmente nas ilhas britânicas, durante o século X, ou na própria Escandinávia do XI, com o trabalho missionário) os vikings não davam tanta importância ao Ragnarok, ao menos como está representado no filme (a não ser que consideremos a data em que a narrativa fílmica transcorre como sendo o século XI).

    E outra coisa: não podemos esquecer a ideologia implícita nesta produção – como ela foi feita durante os anos 1980, reflete muito a tensão desta época, a guerra fria, o perigo eminente de fim do mundo pela guerra nuclear. Quem foi adolescente nesta época, lembra bem desta temática, refletida em muitas músicas do rock pesado a várias outras produções cinematográficas – estas com abordagem explícita.
    O núcleo principal da narrativa sobre o Ragnarok, contido na Edda
    Poética, especialmente o voluspá, é de base pagã. O quanto ou que
    elementos foram inspirados pelo cristianismo é motivo de polêmica,
    por exemplo, a ressureição de Balder é vista por muitos como uma
    réplica da ressureição de Cristo.
    De minha parte, volto a insistir na questão que já havia levantado.
    Não existem provas seguras de que o Ragnarok tenha sido efetivamente
    um tema que preocupava muito os vikings. Vejam pela fontes imagéticas
    pagãs da ilha de Gotland, as estelas, nelas não existem nenhuma
    referência visual sobre o Ragnarok. Este passa a ter importância de
    registro visual quando os vikings conhecem mais de perto o
    cristianismo, como nas várias representações visuais das ilhas
    britânicas do século X. Ou seja: as idéias sobre o ragnarok são de
    origem pagã e existem na oralidade, mas a partir do contato entre
    cristãos/pagãos elas se tornam mais importantes, porque se aproximam
    das idéias do Apocalipse. Então, neste momento, passamos a ter
    registros visuais de Heimdall tocando sua trombeta (lembra os anjos
    bíblicos), Odin sendo morto pelo lobo (também lembrando que os deuses
    pagãos estão morrendo, aos olhos cristãos?), etc. Essas imagens não
    foram gravadas antes, apesar de existirem na oralidade. Outros tipos
    de cenas míticas, como a pesca da serpente e a morte do dragão Fafnir
    também: elas passam a ser gravadas e pintadas após o contato cristão:
    recordando também a pesca do leviatã e a morte de satã por Miguel.
    Entendeu? É o que minha pesquisa está apontando. Essas cenas existem
    na tradição oral do paganismo, mas elas são selecionadas para
    registro visual após o contato com a nova religião. Antes, outras
    cenas tinham mais importância, como Odin e o Valhala, as valquírias,
    entre outros. No meu último artigo, O mito do dragão parte dois
    (Brathair: www.brathair.com, 7 (1) 2007, no final deste trabalho, eu
    analiso este fenômeno do ragnarok, principalmente na cruz de
    Gosforth. Na seqüência deste trabalho, a terceira parte, a ser
    publicada na próxima revista, eu aprofundo com a tradição
    nibelungiana: antes o dragão fafnir era representado visualmente, mas
    a sua morte por Sigurd (um recorte da história completa) só se tornou
    importante realmente após o contato com o cristianismo – mais uma
    vez, porque recordava São Jorge ou São Miguel matando a besta
    encapetada.
    Abraços, Johnni.

    __._,_.___
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    posted by iSygrun Woelundr @ 1:37 PM   0 comments
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